Britcham debate futuro da energia nuclear no Brasil com líderes do setor

Especialistas afirmam que o país tem potencial para liderar o setor nuclear globalmente e destaca a importância de concluir projetos como Angra 3

São Paulo, 7 de maio de 2025 – A Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil (Britcham) promoveu, no dia 7/5, o Workshop Internacional sobre Energia Nuclear. O encontro teve o objetivo de debater os principais desafios e as oportunidades que envolvem a energia nuclear tanto no contexto global quanto no Brasil. O evento contou com a presença de especialistas, líderes do setor energético e representantes do governo.

Cenário atual da energia nuclear no mundo e no Brasil – o primeiro painel, moderado por Leonardo Miranda, presidente do Comitê de Energia da Britcham, contou com a participação de Elina Teplinsky, líder global de energia na Pillsbury, e Giovani Machado, ex-diretor da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Teplinsky falou sobre o papel da energia nuclear como fonte de energia limpa e fundamental para a redução das emissões de carbono, além de abordar os avanços no setor nuclear em países como os Estados Unidos e a China.

“A energia nuclear é fundamental para a transição energética global. No entanto, o setor enfrenta desafios, principalmente relacionados aos custos de construção e à aceitação pública. Apesar disso, a energia nuclear continua a ser uma solução estratégica no combate às mudanças climáticas”, afirmou Teplinsky.

Giovani Machado, por sua vez, destacou a importância de o Brasil concluir a construção da usina nuclear de Angra 3 e avançar na regulamentação de novos projetos nucleares. “A energia nuclear é uma ferramenta importante para a segurança energética do Brasil. Precisamos concluir Angra 3 e investir em novas usinas para garantir um futuro energético sustentável”, disse Machado.

Oportunidades e desafios para a implementação da energia nuclear – Antônio Muller, vice-presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN), Vice-Almirante Carlos Alberto Matias, diretor técnico da Amazul, e Celso Cunha, presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN), abordaram os obstáculos regulatórios e financeiros enfrentados pelo Brasil para expandir o uso da energia nuclear. A mesa também foi moderada por Leonardo Miranda, presidente do Comitê de Energia da Britcham.

“É fundamental que o Brasil avance em políticas públicas claras para o desenvolvimento da energia nuclear. O setor público e privado devem trabalhar juntos para garantir que o país siga em frente com seus projetos nucleares”, afirmou o Vice-Almirante.

Compromisso da Britcham com o futuro energético do Brasil – Fábio Caldas, presidente do Conselho de Administração da Britcham Brasil, também participou do evento e destacou a importância de discussões como essa para o futuro energético do Brasil. “A energia nuclear é parte fundamental de uma matriz energética diversificada e segura. O Brasil tem o potencial de se tornar um líder no setor, e a Britcham continuará a promover o debate e a troca de experiências sobre os desafios e oportunidades que o setor oferece”, afirmou Caldas.

O evento, que também contou com a participação de importantes nomes do setor energético, reflete o contínuo empenho da Britcham em promover o diálogo e a colaboração entre o Brasil e o Reino Unido em temas estratégicos, como a energia nuclear.