Os créditos de carbono atuam como agentes de combate às mudanças climáticas por meio da redução de emissões de gases de efeito estufa. Empresas com foco na restauração ecológica investem na produção deste produto para incentivar a criação de negócios sustentáveis.
Nesse sentido, Fernando Visser, diretor de Tecnologia & Inovação da re.green, detalhou na última quarta-feira (5) a estratégia do mercado de carbono durante webinário promovido pelo comitê de Energia da Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil (Britcham).
“Compramos ou arrendamos estas áreas, começamos o processo de plantio e fazemos o monitoramento. Este ciclo passa por uma auditoria que gera uma certificação. O carbono que geramos é certificado por uma certificadora internacional e depositado na nossa conta. A partir disso, transferimos as toneladas de carbono para os nossos clientes”, explica Fernando Visser.
De acordo com estudo publicado pela revista Science, o Brasil possui 50 milhões de hectares disponíveis para reflorestamento. “Nenhum país tem o potencial brasileiro. Temos um ambiente muito propício para o desenvolvimento desta indústria. Uma floresta cresce muito rápido aqui, em dez anos no máximo. Na Europa, são 80 anos. Os clientes deste mercado estão olhando para o Brasil, cabe a nós fazermos um bom trabalho, garantir que investidor tenha retorno e que o cliente possa extrair o crédito de carbono”, conclui o executivo.
O evento organizado pelo comitê de Energia faz parte uma série de atividades da Britcham ao longo do ano de 2025. Confira o calendário completo aqui.