Brasil e Reino Unido: fim de dupla tributação gera otimismo em investidores

Sondagem da Câmara Britânica aponta mais investimentos e incremento no comércio bilateral

O fim da dupla tributação entre Brasil e Reino Unido gera otimismo entre investidores que têm relações comerciais entre os dois países. Um levantamento feito pela Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil (Britcham) revela que sete setores da economia projetam crescimento com mais investimentos e incremento nos comércios de bens e serviços. São eles: bancário, bebidas, consultoria, educação, farmacêutico, mineração e telecomunicações.

A sondagem revela que 37% das empresas têm a perspectiva de aumento de investimentos no Brasil e 28% no Reino Unido quando as duas nações colocarem em vigor o acordo assinado em novembro do ano passado. O texto que prevê a taxação única na origem e a exclusão da tributação no destino ainda aguarda o processo de ratificação pelo Congresso Nacional brasileiro e o Parlamento Britânico.

“O acordo para o fim deste modo de taxação vem para reduzir o custo Brasil, reduzir o custo para a indústria brasileira. Temos que celebrar esse número. A sondagem nos mostrou que há um terreno muito fértil de oportunidades que precisam ser mais exploradas”, afirmou Luiz Guilherme, membro da Comissão Consultiva de Advocacy da Britcham.

O governo do Reino Unido também avalia como positiva e urgente que o fim da dupla tributação entre em vigor. O ministro britânico de Segurança Energética e Net Zero, Graham Stuart, afirmou no Fórum Empresarial Brasil Reino Unido nesta quinta-feira (22) em São Paulo. Sutart ainda destacou que o acordo pode ampliar as chances de acelerar a parceria com o Brasil para a transição verde no setor de Energia.

“Podemos gerar mais oportunidades de trabalho e renda. O Brasil tem bastante segurança e apoio para a COP 30 em Belém. Estou indo para Belém amanhã e o país tem a oportunidade de nos próximos dois anos e meio, junto de iniciativas brasileiras, de fazer um pacote realmente forte para a Amazônia. Acho que o Brasil pode liderar o mundo”, declarou o ministro Graham Stuart.

Outro tema em destaque na ocasião foram as linhas de financiamento britânicas disponíveis para o país. O presidente da federação, Josué Gomes da Silva, destacou como essas estratégias de mercado do Reino Unido podem agregar valor para investidores brasileiros.

“O Reino Unido tem uma linha de financiamento destinada à todas as empresas que comprem um determinado percentual de produtos britânicos com uma taxa de juros muito atrativa que pode servir para aumentar a competitividade de empresas brasileiras e, obviamente, de empresas britânicas que negociam com a indústria brasileira. Vamos trabalhar com o Reino Unido para estarmos cada vez mais próximos.” concluiu o presidente da Fiesp.

Fonte: Assessoria de Imprensa – Britcham