“O mundo vive uma pandemia de ataques hackers e gasta o mesmo valor dos prejuízos causados por catástrofes naturais, como o furacão Katrina”. A afirmação feita por Julia O’Toole, co-fundadora e co-CEO da MyCena Security Solutions, tem o objetivo de alertar para a importância de todas as empresas investirem em segurança digital. O assunto foi discutido nesta quarta-feira (6) em evento organizado pelo Comitê de Defesa & Segurança da Câmara Britânica de Indústria e Comércio no Brasil (Britcham).
“As informações das companhias ficam vulneráveis porque os funcionários são alvos de hackers que utilizam phishing para descobrir senhas de acesso. Além do login tradicional por meio de senhas de caracteres, há outras opções mais seguras como FacelD, JouchIl e VoicelD, e a autenticação por dois fatores. Todas mitigam o risco, mas não impedem 100% dos ataques digitais”, diz a executiva.
Golpes de phishing são os mais comuns, representando 90% dos casos. As vítimas recebem um link por e-mail e, ao clicar, permitem sem saber que malware invada no sistema, além da cópia de acessos, espionagem e extração de dados confidenciais. Criminosos modernizaram os ataques com a utilização de Inteligência Artificial Generativa, personificando as mensagens de acordo com o perfil de cada alvo.
De acordo com levantamento da MyCena Security Solutions, no mês de maio de 2023, mais de 2.700 funcionários de empresas foram vítimas de hackers. Os casos afetaram companhias em 33 países, com 16% das vítimas impactadas diretamente e 93,3 milhões de pessoas tiveram dados expostos. A empresa revela ainda que 90% das violações cibernéticas são causadas por pessoas que manipulam senhas.
Segundo a SecurityScorecard, empresa de segurança digital, mais de 98% das organizações estão conectadas. Destas, cerca de um terço foi recentemente invadido por hackers. Para aumentar a proteção de cidadãos, sistemas e informações, a MyCena Security Solutions desenvolveu um sistema que fortalece a segurança das empresas, com acesso criptografado.
Julia O’Toole explica que a nova ferramenta faz com que as pessoas não precisem lidar com senhas. Esta função fica sob responsabilidade da empresa que controla e distribui os códigos de acesso de cada sistema e aplicação para os funcionários. “Os acessos são feitos por senhas criptografadas. A pessoa insere uma vez por dia o e-mail e o nome de usuário. Em seguida, ela recebe o código de dupla autenticação e responde duas perguntas de segurança. Na última etapa, que ocorre a qualquer momento, disponibilizamos três opções de autenticação”, detalha.
A discussão sobre mitigação de riscos digitais faz parte das atividades promovidas pela Câmara Britânica de Indústria e Comércio no Brasil (Britcham) para associados, empresas, autoridades e pessoas que atuam na relação comercial entre Brasil e Reino Unido. O calendário completo está disponível aqui.
Assista a íntegra do webinar aqui.