Inteligência Artificial precisa de operadores qualificados para resultados assertivos, diz especialista em educação

A Inteligência Artificial veio para ficar e está presente na rotina da sociedade em diversas formas. Mas é preciso ter um olhar crítico quanto aos resultados entregues por essa ferramenta tecnológica.

“Nunca acredite fielmente no conteúdo que a Inteligência Artificial apresenta a você. Sempre faça uma checagem daquela informação antes de utilizá-la. A verificação vai ajudar com que não seja propagado algo falso ou impreciso”, afirma Daniel Atherton, gerente de produtos e estratégia de Educação na BSC Education, líder em educação internacional.

O alerta foi feito durante evento promovido pela Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil (Britcham) nesta quinta-feira (18). Além de Daniel, a discussão contou com a participação de Siân Hanson, diretora do grupo acadêmico da BSC e com a moderação de Luciano Moraes, presidente do comitê de Tecnologia da Britcham.

Apesar da Inteligência Artificial ser cada vez mais utilizada, em alguns casos, o uso não ocorre de maneira eficaz. De acordo com Daniel Atherton, é preciso a máxima clareza possível ao solicitar uma ação e os resultados obtidos pela IA dependem do desenvolvimento de habilidades necessárias por parte de quem as utiliza.

“Ferramentas como OpenAl, Gemini e Copilot são eficazes para o planejamento inicial e desenvolvimento de ideias. Ou seja, para estágios primários de projetos. Mas estas plataformas não são boas para pesquisas por terem tendência de gerar informações imprecisas. Por outro lado, elas são excelentes para a criação de documentos, e-mails, materiais de marketing e relatórios financeiros, por exemplo. Para isso, o operador precisa saber exatamente como trabalhar neste universo e ter conhecimento e habilidades de três categorias: pensamento crítico, habilidades linguísticas e de estímulo à IA”, descreve.

O Gerente de produtos e estratégia de Educação reforça que o pensamento crítico está diretamente ligado a saber o que se quer comunicar, como, para quê e quem. São fatores essenciais para conectar a mensagem com o público-alvo e mitigar respostas genéricas, imprecisas ou pouco atrativas.

O evento faz parte das atividades que a Britcham promove ao longo do ano para fomentar os negócios entre Brasil e Reino Unido. O calendário completo está disponível aqui.