Segurança cibernética entra em nova fase com Inteligência Artificial

O Reino Unido lidera ao lado da União Europeia e dos Estados Unidos as discussões para o primeiro tratado internacional sobre o uso e os padrões da Inteligência Artificial (IA). Os setores público e privado utilizam a tecnologia em diversas frentes, inclusive na segurança cibernética. As ferramentas de proteção das informações estão em constante desenvolvimento para manter o sigilo e a reputação de pessoas, marcas, empresas e governos.

A Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil (Britcham) tratou sobre o tema com a assessora de segurança da informação do Consulado Geral Britânico em São Paulo, Bruna Toso de Alcântara, e o chefe global de Serviços de Consultoria de Segurança da BT, Lee Stephens. O webinar ocorreu nesta terça-feira (17) e contou com a abertura de Adam Patterson, cônsul honorário britânico no Paraná e diretor adjunto da filial paranaense da Britcham, e a moderação de Luciano Moraes, presidente do Comitê de Tecnologia da Câmara Britânica.

Bruna Toso de Alcântara afirma que a cibersegurança do Reino Unido é reconhecida mundialmente e que a Inteligência Artificial pode ser utilizada para identificar ataques e contribuir em larga escala com defesas. A representante do governo britânico ressalta que é preciso investir em pessoas além de focar na ferramenta.

“Um desafio global é treinar pessoas para utilizar a Inteligência Artificial. Isso é fundamental para o desenvolvimento de novas funções. Os governos precisam considerar esta realidade para saber como disponibilizar e utilizar a IA”, aponta a especialista em segurança da informação.

Lee Stephens reforça que o desafio está em como equilibrar a inovação com os riscos que surgem com a Inteligência Artificial, como os phishing em e-mails corporativos – uma forma de invadir o sistema interno e extrair os dados das companhias e instituições. O especialista diz que a IA gera a necessidade de um olhar mais cuidadoso para a segurança de dados.

“O universo da Inteligência Artificial potencializa habilidades e otimiza a produtividade, e precisa de um sistema de defesa seguro para que a operação esteja protegida de riscos cibernéticos”, conclui.

O evento faz parte do calendário de atividades promovidas pela Britcham para fomentar a relação comercial entre Brasil e Reino Unido. A relação de todos os eventos está disponível aqui: https://britcham.com.br/calendario-de-eventos-britcham-2024/.